[indução do prazer literário através de idéias flutuantes]

sábado, 4 de setembro de 2010

Início de noite atemporal

Das milhares de formas qudradas,
dessas mesmo, todas enfileiradas
e que estão acesas no meio do céu
[que já está escuro]
Das quais, eu, não passo de mais uma

E da expressão que me deixou
e me deixa confusa:
seria o caminho de sonho que não segui.

E ainda das luzes;
é o velho clichê
de que todas estão acesas,
mas estão estáticas
e não brilham na multidão.

E da decepção que faço/exponho/sinto
e sou

Dessa vez a primavera ladra:
e o pólen nem ao menos me irrita as narinas.
É o sinal do tempo, que ,ora ou outra,
resolve falhar as cores - não como deveria
[ Ao menos não era esse o combinado]

domingo, 3 de janeiro de 2010

Frente ao ponto de fuga

Observa como param e ficam bestificados
com tamanha grandeza:
Parece infinito.
Faz seu próprio horizonte
para onde todas as linhas convergem,
correm, anseiam

Percebe que não é nada. Pelo contrário:
Que o espírito pode explodir,
transbordar para fora da matéria.

Expande o pensar
(será mesmo o pensar?)
E volta à realidade:
Cai nas tais possibilidades
"Mas é o que é, e não o que seria, que poderia ter sido"

(Ouve.
Olhe, pois há vida ao redor)

Então não olha aqui, para a beira
onde as ondas quebram
Concentra no horizonte
Nem olha para trás.